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Criatividade na Cozinha

Cozinha Tecnoemocional 

Você conhece o conceito de cozinha tecnoemocional? É um conceito que envolve sentimentos no preparo dos alimentos, considerando diversas sensações que cada prato causa nos clientes.

O tecnoemocional não está ligado somente ao sabor e ao paladar, mas também na forma como este prato será servido e na maneira que será apresentado, visando sempre melhorar a experiência do cliente.

Estreada por Ferrán Adriá, cozinheiro espanhol mais conhecido como pai da gastronomia molecular. Responsável por diversas criações admiráveis, onde pode revolucionar a forma que se aproxima a criação de pratos, o uso e combinação de ingredientes peculiares e, até mesmo, a própria forma de comer.

Suas diversas experimentações no seu famoso restaurante El bulli pretendiam expandir os limites criativos dos pratos utilizando conceitos da física e química para não só encantar, mas também estranhar e estimular os clientes a refletir. Esse mesmo foco absoluto na criatividade e originalidade deu também impulso para que novos restaurantes pudessem experimentar e ampliar suas fronteiras.

Assim, esse novo momento histórico iniciado em parte pelo extinto El bulli é, agora, estimulado também pela chamada engenharia gastronômica, que pretende unir sustentabilidade, conhecimento científico e a valorização do local e seus produtos.

Conceitos, esses, que podem ser atribuídos, por exemplo, aos chefs Jordi Roca, Rodolfo Guzmán e René Redzepi, que propõem a utilização não só da inovação tecnológica e do cuidado ao meio-ambiente, mas também de adaptações e resgate de preparações históricas, podendo até mesmo recuperar certas técnicas e ingredientes nativos. Alguns exemplos seriam a utilização do garum, uma técnica romana de fermentação de peixes do século V a.C., sendo revistada e reutilizada pelo chileno Rodolfo Guzmán, e chega até mesmo às técnicas modernas de destilação, que recolhe apenas os aromas de um livro velho, do espanhol Jordi Roca.

Criatividade na cozinha

Para todos esses chefs citados acima, a grande questão central que os envolve é a pura criatividade, são constantemente instigados a criar pratos, conceitos, técnicas e descobertas.

Esse processo é extremamente extenso e já foi estudado anteriormente, mesmo que fora do ambiente da cozinha, principalmente em como a ideia é colocada em prática, e quais são os passos para atingir seus objetivos. Porém, a partir de um método de análise comparativa de obras, pessoas e restaurantes, questiona-se: o que leva alguém a pensar em criar algo, quais seriam os atributos geradores da criatividade, não apenas voltado às técnicas, mas também de processos e ingredientes, como os feitos pelos chefs mencionados anteriormente.

Quando falamos em criatividade na cozinha, queremos mostrar que é possível dar um toque a mais na preparação ou apresentação dos alimentos, possibilitando diversas experiências para quem está vivenciando o momento.

Elencar esses fatores de criatividade específicos a cada um se tornaria muito complicado, alguns pontos, porém, são nítidos, principalmente quando em entrevistas tais chefs respondem perguntas desse estilo. Mesmo assim, um dos principais aspectos que desfrutam a criatividade são as experiências. Podendo desdobrar em diversos tópicos, experiências passadas trazem conexões, memórias afetivas e, principalmente, sentimentos que são guardados e difíceis de ser transparecidos.

Jordi Roca, um dos principais chef confeiteiros no mundo hoje, incorpora suas experiências passadas em suas sobremesas que finalizam o menu degustação do El Celler de Can Roca, restaurante com 3 estrelas Michelin. Além de finalizações que atingem a perfeição ele comunica com seu passado com pratos que trazem aroma de livros antigos e de grama molhada, por exemplo, que provocam recordações de sua infância e dos clientes. Para que sejam despertados, o confeiteiro usufrui de equipamentos e técnicas, antes apenas voltados a laboratórios químicos, em sua cozinha – destilação, para retirar um certo componente desejado de um líquido; ultracongelamento; desidratação – com essa união da química com a cozinha obteve-se inovações e experiências jamais vistas em nenhum dos ramos.

Todos esses chefs mencionados quebraram as perspectivas que em algum momento houve na cozinha, e são nesses momentos que se descobrem novas tendências. A criatividade, ou então o “sair da caixinha”, permite que novos produtos, técnicas, equipamentos e conceitos sejam integrados e descobertos abrindo cada vez mais as portas das cozinhas para que outras pessoas possam desfrutar e experimentar novidades.

Leia também nosso artigo sobre: Produtividade na cozinha: Como tornar meu restaurante eficiente.

 

 

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